Os planetas apaixonados


Estava uma noite muito fria, com o vento a soprar forte e lá no céu, distante, não faltavam estrelas a brilhar. Sem conseguir adormecer, o pequeno Rui pôs-se à janela a imaginar como seria a sua vida quando finalmente pudesse ser grande! Tinha tanta curiosidade em saber como era a vida dos adultos. Tinha pressa de crescer.

De repente, o sono começou a chegar, entrou na cama já quentinha e aconchegou-se nos lençóis.

1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3 carneirinhos,…15 carneirinhos...

Entrou no túnel que dava acesso direto ao jardim, vestiu um fato especial e lá estava ele no espaço. Era o seu lugar de eleição e de cada vez que lá ia descobria sempre coisas novas. Desta vez, encontrou dois planetas abraçados. Sem perceber muito bem o motivo de estarem tão juntinhos, tentou pegar num asteroide que andava por ali às voltas mas não teve força suficiente. Insatisfeito, continuou a procurar até que encontrou um asteroide aparentemente mais pequeno, mas ainda assim, demasiado pesado. Desistiu da ideia de os separar e limitou-se a observá-los. Foi então que reparou que os planetas estavam também aos beijinhos. Sorriu e deu por si a pensar no poder do amor de que tanto ouvia os adultos falar!




Decidiu regressar a casa e para sua grande surpresa enquanto viajava conseguiu ver um balão de ar quente com os planetas lá dentro, abraçados e felizes!

“Rui, Rui…chamado à Terra”, disse-lhe a mãe enquanto de lhe dava o beijinho de bom dia e depois de tantas tentativas para o acordar!

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