Havia uma casa feita de pedra na floresta para onde Maria ia sempre que queria estar sozinha, no seu mundo encantado.
Lá, era verdadeiramente feliz e dava asas à sua imaginação, muitas vezes incompreendida pelas meninas da mesma idade. Era um refúgio secreto até ao dia em que a mãe, desesperada depois tanto a procurar, se lembrou que a filha lhe falava de uma casa onde era muito feliz e onde todos os seus sonhos se realizavam. Meteu pés a caminho e encontrou a filha Maria, a cozinhar uma bela sopa, uma salada e arroz com frango. “Tudo saudável, mamã!” – afirmou assim que a viu. De tão abstraída que estava nem se apercebeu da aflição da mãe.
Apesar de aborrecida, depois de a encontrar, a mãe foi incapaz de lhe dar um raspanete porque, no fundo, a filha devia ter razão. A casa era, de facto, forte onde nem mesmo o lobo mau conseguiria, algum dia, entrar. O caminho pela floresta era encantador e o cheiro (ai o eterno cheiro a eucalipto) era inesquecível e único.
Fechou os olhos, enquanto relia estas memórias, e conseguiu voltar a sentir o cheiro daquela floresta mágica.
Comentários
Enviar um comentário