#umdiavamosdesconfinar - Chaves


Ainda hoje me lembro do estalar das folhas enquanto percorríamos o caminho pintado de cores que nos levava até à entrada do hotel. 

Situado no campo, o Hotel Samaiões ocupa uma mansão restaurada do século XVIII e apresenta quartos luminosos com vista para as montanhas ou para a piscina exterior, numa área extensa que fica a 4 km da estrada N213 e a 6 km do Castelo Medieval de Chaves. Não será exagero chamar-lhe de paraíso na terra. Claro que à medida que vamos viajando e descobrindo, outros paraísos se juntam à lista! Mas o importante é o que sentimos a cada momento e, naquele instante, é tudo o que interessa! 


O Hotel Rural Casa Samaiões tem uma extensão de 100 hectares, onde se encontra a maravilhosa Casa de Samaiões, um grande solar com capela. A construção deste nobre edifício remonta a meados do século XVII e foi reconstruído pela Família Pereira Machado, dando origem ao hotel que combina, de forma harmoniosa, romantismo e história. 

Se porventura, nem quiser sair da Quinta não falta por onde se perder: na piscina, no jardim a ler um livro, a passear e a apreciar a paisagem envolvente, ou até a render-se aos sabores da cozinha. Há ainda espaço e tempo para rezar na capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de 1848. 


Não foi o nosso caso! No dia em que chegámos, elegemos o restaurante do Forte São Francisco para jantar. Gostamos de apreciar boa comida, sempre que possível, acompanhados por História. Sabemos que corria o ano de 1635 quando foi lançada a primeira pedra para a construção do convento, dedicado a Nossa Senhora do Rosário. Na colina a norte, a Colina da Pedisqueira, próximo do rio Tâmega e à antiga ponte romana, o Castelo, o Forte de São Francisco e o Forte de São Neutel são os grandes guardiões, defendendo a cidade de Chaves, na fronteira com a Galiza, na época da Guerra da Restauração. Desde 1938 que este edifício histórico do século XVI acolhe um hotel, um restaurante e uma capela e é classificado como Monumento Nacional. 


No dia seguinte, fizemos uma visita demorada e apaixonada pelo centro histórico, com direito a um agradável almoço numa esplanada, mesmo junto à ponte de Trajano, com vistas para o Tâmega. Depois, subimos até ao castelo que se ergue à beira rio, também Monumento Nacional desde 1938. Chegados ao topo, conseguimos ver uma excelente panorâmica de todo o vale de Chaves. No exterior do castelo, o jardim, delimitado por muralhas, expõe algumas peças do Museu da Região Flaviense. 


A ponte romana sobre o Rio Tâmega é o legado mais importante do império “Aquae Flaviae”. Foi concluída no tempo do Imperador Trajano, entre o fim do século I e o princípio do século II d.C. É uma obra notável de engenharia, com cerca de 150 metros de comprimento. Esta ponte é o mais característico ex-líbris de Chaves. Atualmente, encontra-se encerrada ao trânsito funcionando apenas como ponte pedonal. 

As horas passaram a correr! Atravessámos a ponte, de mãos dadas, rumo a um mundo de sensações e descobertas! À nossa espera, uma agradável sessão de bem-estar e relaxamento nas Termas de Chaves.

Que mais poderemos pedir? História, Cultura e Património num fim de semana perfeito e inesquecível!

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