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Andreia Abreu autora

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“Os Dias da Maria”

em janeiro 25, 2022

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Os Dias da Maria são os Meus Dias, os Teus Dias, Os Nossos Dias...os Novos Tempos!

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aMAR

Sentado na soleira da porta, num gesto nervoso, João roía as unhas, sem parar. Sempre que a avó Amélia saía de casa para ir à quinta, sentia-se perdido e muito triste. Na televisão lá de casa, os desenhos animados ajudavam a passar parte dos dias. Mesmo sem ter noção das horas, o pequeno João conseguia perceber que o tempo passava muito devagar! A avó era dona de uma quinta que o marido lhe havia deixado, cedo demais. Depois da morte súbita do avô Joaquim, Amélia, teve de assumir as rédeas do negócio. E sempre que tinha de ir à quinta, o João ficava na companhia de Ana Maria, a empregada lá de casa, uma senhora de idade avançada. Ouvia muito mal e já tinha alguma dificuldade em caminhar, pelo que já não era fácil acompanhar as brincadeiras. - Não abras o portão a ninguém, meu querido! – pedia a avó, com a voz mais doce que João alguma vez conhecera! Qualquer coisa que precises pede ajuda à Ana Maria. - Sim, avó. Fico à tua espera – respondia, obediente. O mundo do João era limitado à

#umdiavamosdesconfinar - EN222

Em cima da mota, somos só nós. Nós e o som do vento a bater na cara, como que a lembrar-nos que a liberdade é o melhor e mais forte valor de todos! Pela frente tínhamos a estrada mais bonita do mundo e um dia inteirinho só para nós! Partimos bem cedo pois o tempo não estica! Sabíamos que à nossa espera havia tanta natureza, tanta paisagem, tanto mundo e tanta vida que um dia só não chegaria para tudo! A vontade era tanta que partimos sem nada para petiscar! Era Verão e estava um dia tão bonito! Fecho, por instantes os olhos, e ainda consigo sentir a brisa na cara e o cheiro a estrada! Andar de mota é uma sensação indescritível (para quem gosta, claro). E passear de mota é ainda melhor! A N222 que liga a Régua ao Pinhão foi eleita a melhor estrada do mundo. Quisemos tirar a prova dos 9! Percorremos os 27 quilómetros que nos levaram diretamente ao coração do vale do Douro, que nos brindou a cada passagem com vistas deslumbrantes sobre os socalcos. A beleza é tanta que já só pensamos

Espelho meu, espelho meu, que medo tenho eu?

O pequeno Zé sempre que ia a casa da avó Clementina fugia a sete pés do sótão. Do sótão?- perguntam vocês! Parece estranho...não acham? Os dias corriam felizes e rápidos até que a avó Clementina pediu ao Zé para ir ao sótão buscar a manta de pôr na relva do enorme jardim! Uma verdadeira dor de cabeça para o valente e corajoso Zé que nunca admitia ter medo de nada. Contudo, no sótão estava um objeto muito estranho que o assustava. De cada vez que lá ia e avistava ao longe uns reflexos pegava no que a avó lhe pedia e descia as escadas a correr.

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