É como um relógio

 

Todos os dias, religiosamente, à mesma hora, toca o telefone!

“É sempre a minha irmã”, conta a Irene, entre sorrisos, no exato momento, antes de atender o telemóvel.

 - “Olá maninha”… e assim começa mais uma conversa espontânea e tão natural como o amor entre as duas!

Quem está de fora, como espectadora, facilmente percebe o amor que as une, as confidências que partilham e os sorrisos que trocam por entre as palavras.

Acredito que todos os amores são únicos: amor de mãe, amor de filho, amor de tios,…e depois há o amor de irmãos: inquebrável e resistente ao tempo!

Há um amor como este de irmãs que rasga fronteiras e percorre o tempo, trocando as voltas ao fuso horário e assim, um dia atrás do outro, “é como um relógio”…o telefone toca à mesma hora.

Bonito de se ouvir e mais ainda de se ver! Paguei e deixei ficar o troco. Ganhei o dia.

Estava sozinha numa esplanada, e sem pedir, testemunhei um belo momento de amor, mesmo ali, na mesa ao lado!

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